O Douro é uma região produtora de vinho situada no Nordeste de Portugal com mais de 26 mil hectáres de terra. Banhada pelo Rio Douro, que nasce na Serra de Urbión, na Espanha, atravessa o Norte de Portugal e vem desaguar no Oceano Atântico, na divisa das cidades de Porto e Vila Nova de Gaia.
A região produz vinho há mais de 2000 anos e ficou muito conhecida pela produção do Vinho do Porto, que começa a ser feita no século XVII e tem como seu principal mercado a Inglaterra. Com isso, muitas das caves começam a ser adquiridas pelos próprio ingleses. Se você notar, a maioria das casas produtoras de Vinho do Porto têm nomes ingleses.
Sem entrar em muitos detalhes, o Vinho do Porto é um vinho fortificado, que é produzido exclusivamente a partir de uvas provenientes da Região Demarcada do Douro. O processo de fortificação envolve a adição de uma pequena quantidade de aguardente vínica — um bebida alcóolica incolor, neutra e destilada de vinho — em um momento específico do processo de vinificação. Esta adição de aguardente vínica enterrompe o processo de fermentação das uvas, o que faz com que a maior parte do açúcar natural da uva seja preservada no vinho, ele ficando assim, mais doce. Por consequência, ele fica também com maior teor alcóolico.
Na imagem a cima vemos as diversas plantações de vinho e o Rio Douro ao fundo. Lindo, não?
A dica de hospedagem na região é a Quinta da Gricha Vineyard Residence, um pequeno hotel que fica dentro da quinta (de mesmo nome) onde são localizados os vinhedos que produzem os Vinhos do Porto Churchill’s. A casa, inteira reformada para acomodar o hotel, teve sua construção original em 1852.
A empresa Churchill’s é relativamente nova, foi fundada em 1981 por John Graham, que quis continuar sua longa tradição familiar de produção de vinhos do Porto. Ele nomeou a empresa em homenagem à sua esposa, Caroline Churchill. Já a empresa Graham’s, dos familiares de John, data de 1820 e foi uma das primeiras a possuir seus próprios vinhedos na região do Douro. Atualmente ela pertence à família Symington, que adquiriu a empresa em 1970.
O hotel é super pequeno, tem apenas 4 quartos, então a reserva tem que ser feita com bastante antecedência. As refeições são feitas por todos na cozinha, que é super bem equipada e tem uma mesa comunitária. Não há menu, você come os pratos do dia, o que é muito bom, já que eles sempre são deliciosos.
Você pode conhecer onde o vinho é pisado e estocado até ser levado para as caves, em Vila Nova de Gaia, onde eles ficam envelhecendo no barril. Antigamente esse transporte era feio pelo rio, mas hoje em dia eles vão de caminhão mesmo.
Lá em cima vemos a casa principal do hotel. Se você quiser, pode pedir uma tábua de queijos e tomar junto com o vinho da casa na varanda (ali na foto) ou até pelos vinhedos, fazendo assim um piquenique.
Esses dois vinhos do Porto da Churchill’s são vendidos aqui no Brasil pela Grand Cru. O Tawny 10 anos é delicioso e o White Porto é super refrescante.
Logo ao acordar, de nosso quarto, temos essa vista. Nada mau, não? De tarde, a graça é fazer um passeio pela região e até pegar uma piscininha.
Outro programa divertido é dar uma volta de barco no Rio Douro. A maioria das empresas que oferece o serviço também fazem degustação de vinhos ou até servem refeições completas no barco. É uma experiência incrível, se você tiver tempo, não deixe de ir.
Portanto essa foi minha experiência na Quinta da Gricha e veementemente recomendo o hotel.
📷s João Junqueira
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Amanda
Amei demais essa viagem! Quero repetir!!